Confesso que sempre tive muito orgulho nele.
Numa terra que vive da agricultura e da construção civil, eu dizia aos meus amigos que o meu avô era chefe de estação da CP.
O meu primo então exagerava e contava que era o dono dos comboios todos loOl
Da infância lembro-me de um homem austero, sem ser frio, mas que raramente sorria.
Com a adolescência, descobri o galhofeiro que oferece sempre um copo do seu vinho caseiro em copos guardados num móvel da adega.
Há duas coisas que se podem aprender com ele.
A primeira é o respeito pelos mais velhos.
Nunca permitiu que o tratasse por tu ou dissesse ãh?
Tinha que ser você e diga?
Dá tudo o que pode dar.
Desde que lhe peçam primeiro e com educação.
A segunda é a justiça e a igualdade.
Sempre que dá alguma coisa é a todos e em partes iguais.
A primeira vez que o vi chorar tinha eu 21 anos.
Estava prestes a partir para Itália.
Foi aí que conheci o meu avô por dentro.
Hoje, já não ri tantas vezes.
O corpo está cansado.
As dores roubam-lhe a alegria aos poucos.
Chora mais vezes.
Quero acreditar que são as saudades.
Que esteja doente delas, assim como eu.
Já adulta ainda tenho mais orgulho nele.
Sem o meu avô eu não era o que sou.
Já falta pouco...
Numa terra que vive da agricultura e da construção civil, eu dizia aos meus amigos que o meu avô era chefe de estação da CP.
O meu primo então exagerava e contava que era o dono dos comboios todos loOl
Da infância lembro-me de um homem austero, sem ser frio, mas que raramente sorria.
Com a adolescência, descobri o galhofeiro que oferece sempre um copo do seu vinho caseiro em copos guardados num móvel da adega.
Há duas coisas que se podem aprender com ele.
A primeira é o respeito pelos mais velhos.
Nunca permitiu que o tratasse por tu ou dissesse ãh?
Tinha que ser você e diga?
Dá tudo o que pode dar.
Desde que lhe peçam primeiro e com educação.
A segunda é a justiça e a igualdade.
Sempre que dá alguma coisa é a todos e em partes iguais.
A primeira vez que o vi chorar tinha eu 21 anos.
Estava prestes a partir para Itália.
Foi aí que conheci o meu avô por dentro.
Hoje, já não ri tantas vezes.
O corpo está cansado.
As dores roubam-lhe a alegria aos poucos.
Chora mais vezes.
Quero acreditar que são as saudades.
Que esteja doente delas, assim como eu.
Já adulta ainda tenho mais orgulho nele.
Sem o meu avô eu não era o que sou.
Já falta pouco...
3 comentários:
Parabéns pelo blog xana! ;) este post tb m fez lembrar os meus avós :)
bjs
carlão
ó xana gostei muito da parte do «doente de saudades». fez lembrar o pessoa =)
caramelo
fogo quase que ia chorando! pois já não tenho os eus avos paternos com fui criado e passei toda a minha infencia, ao ler fiquei com uma sencação estranha. mais umas linhas e desatava a chorar! :)
Bruno Z
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