GuArDo Te (italiano) = do verbo GuArDaRe, olhar, observar. GuArDo-TE (português) = do verbo GuArDaR, alojar.

domingo, 31 de agosto de 2008

Cabeça cheia de música I


So look what you've done, boy

in Auf Achse, Franz Ferdinand

Sonhos, Sogni, Dreams I

Estou viciada: em livros! Não os leio, devoro-os!

O novo livro que estou a ler dedica alguns capítulos a sonhos da personagem principal. Achei graça às descrições. Eu própria sonho muito e normalmente lembro-me deles, com todos os seus pormenores, quando acordo.

«“O pior pecado é não amar”, disse Deus, a voz macia de um cantor de tango: “Esta emissão tem o patrocínio das Padarias União Marimba.” (…) Os meus sonhos são, quase sempre, mais verosímeis do que a realidade.»

In “O Vendedor de Passados” de José Eduardo Agualusa

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Coincidência?

Ontem durante uma conversa apercebi-me de uma coisa que me deixou pensativa...

Aconteceu há cerca de um ano. Fui a uma entrevista para um part-time num restaurante. Conheci o dono, um homem que descobriu há alguns anos a sua vocação de astrólogo. Explicou-me como funcionava o estabelecimento e depois insistiu para eu ir à casa dele.

Porquê? Gosta de fazer o mapa astral às pessoas que vão trabalhar com ele.

Era noite. Passava da hora de jantar e ainda não tinha comido nada. Dentro do escritório dele, um sítio normal, muito diferente do que vemos nos filmes, sem as bolas de cristal e o carnaval todo associado à astrologia. Era mais um escritório de um homem de negócios e quanto muito um estudioso, que insistia para não mexerem nos seus livros:

"Foi este livro que me ensinou grande parte do que sei sobre astrologia", dizia ele enquanto o afastava das mãos potenciais destruidoras de uma criança de 10 anos que me acompanhava.

Pediu a minha data, hora e local de nascimento. Introduziu os dados todos dentro do computador. De repente, a impressora começou a fazer um barulho estridente de onde saiam vários papeis cheios de números e com o maldito mapa.

"Que coisa tão confusa!", pensei eu com os meus botões. "Como é que há gente que acredita na veracidade disto?"

O homem lá começou a interpretar aquilo. Umas coisas vinham escritas em inglês, se a minha memória não falha. Acertou em muitas coisas sobre a minha personalidade. "Coincidência", respondia eu só para mim.

O certo é que, nesse dia, cheguei a casa bastante zangada. O astrólogo previu-me um futuro bastante negro. "Cheio de nuvens negras", "muito sofrimento", entre outras coisas mais pessoais que prefiro não revelar. Aquilo deu-me a volta ao estômago... Nem jantei antes de ir dormir.

Ontem, lembrei-me desse episódio. Apercebi-me que tudo o que ele disse se confirmou...
"Toda a gente devia fazer o seu mapa astral, até as mães aos bebés quando nascem. Isto ajuda a prevenir tudo, incluindo doenças. Não quer dizer que se possa mudar o futuro, mas deixa-nos em alerta", explicou ele enquanto inseria os dados no computador.

Eu sempre acreditei que o destino somos nós que o traçamos. Continuo a acreditar. Mas o que significa isto tudo? Apenas uma coincidência?? Mistérioooooooo =)

terça-feira, 26 de agosto de 2008

1 ameixa apenas





Reinava a confusão.

Um restaurante que tem a mania das finesses com o alarme a disparar e a porta de segurança a fechar sozinha. O estaminé cheio de clientela que até almoçava alheia ao que se estava a passar.

O empregado lá conseguiu abrir a enorme porta de metal que roubava a luz natural à sala. Mas o coitado não podia tirar o dedo do botão ou voltava a fechar-se.

Enquanto os empregados e o gerente do restaurante corriam de um lado para o outro, entra um grupo de três homens com um saco de fruta na mão. Ultrapassam a parte em que têm de dizer à menina quantos são e se querem lugar para fumadores ou não fumadores. A tal menina é uma das que anda às voltas, desesperada sem saber o que fazer.

Sentam-se numa mesa - entretanto o problema do alarme é resolvido - um deles puxa de uma ameixa e começa a comer, de cotovelo em cima da mesa e braço esticado.

Vem uma empregada que diz: Desculpe, mas não pode comer isso aqui. E ali fica o homem, sem perceber o que se passa, de ameixa com duas trincadelas na mão.

São com certeza visitantes da China Continental. Eu, a duas mesas de distância, aprecio a cena e penso: "É incrível como há culturas e padrões sociais tão diferentes dos nossos! Algures num sítio da China é normal chegar-se a um restaurante e puxar de uma peça de fruta e comer, antes de mandar vir qualquer coisa pelo empregado".

Já na rua, livre de restaurantes e empregados malucos, reparo que há ameixas por todo o lado. Nas bancas do mercado, nas mãos das pessoas, em sacos de compras e até a cair no chão, já só em caroço, vindas de sabe-se lá de onde...

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Quem tem medo do Nuri?



São 13h00 e estou em casa. Não é aconselhável sair. Foi içado o sinal 8 de tufão e deverá ficar assim até o início da noite. Significa que pontes, serviços públicos como os autocarros foram fechados. Os ventos sopram a uma velocidade entre os 63 Km/H e 117 Km/H com rajadas de cerca de 180 Km/H.

Agora é esperar que passe e ir espreitando pela janela para ver os estragos que os ventos fortes estão a fazer.

Eh eh eh Eh

Tenho uma pancada por tufões, confesso =)

O (meu) som do momento

Há uma nova banda na minha lista: Hoosiers


quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Voltei




Quase um ano depois, voltei...